O Cadavre Exquis é um jogo coletivo de imaginação, praticado pelos surrealistas no início do século XX. O movimento surrealista francês – movimento literário, filosófico e artístico que explorou o funcionamento da mente, defendendo o irracional, o poético e o revolucionário – inaugurou o método cadavre exquis, que subvertia o discurso literário convencional. Um primeiro jogador escrevia uma palavra num papel e dobrava-o; o segundo escrevia uma outra e voltava a dobrar e assim sucessivamente. A seguir, desdobravam o papel e descobriam uma frase. O nome surgiu de uma frase que resultou quando o exercício foi realizado pela primeira vez: “cadavre exquis boira le vin nouveau”.
Em artes visuais, este exercício consiste na realização de um desenho coletivo, sem que nenhum dos intervenientes saiba o que os outros fizeram, aproveitando apenas os traços de ligação – pistas – deixados sobre as dobras do papel. Ao desdobrar, verifica-se a relação inesperada entre as figuras desenhadas.
Na disciplina de educação visual, os alunos do 6.º ano exploraram as subtilezas do Cadavre Exquis como uma abordagem ao desenho coletivo. Uma experiência que originou vinte e duas composições que se encontram atualmente em exposição na sala de educação visual do 2.º cico.